Postado na categoria Roteiros em 24 de maio de 2017 por Grasi e Luciano

O que fazer em Salvador – principais pontos turísticos

Roteiro de 1 dia, saiba o que fazer em Salvador se você tem pouco tempo

Fizemos uma viagem de 5 dias para Morro de São Paulo, na Bahia. Como Salvador foi a cidade de partida e retorno, tivemos algumas horas dar uma volta por lá e conhecer algumas coisas. Apesar da correria, deu pra ir até os pontos turísticos mais interessantes e conhecer um pouquinho dessa cidade rica em história. Confira abaixo nossa lista sobre o que fazer em Salvador!

Na ida chegamos já no final do dia, então a única programação possível era buscar um lugar legal pra jantar. Após consultar alguns amigos e sites de restaurantes, decidimos conhecer a Bahia Marina.

 

Bahia Marina

Além de local para ancorar os barcos, a Bahia Marina possui quatro ótimos restaurantes. Um dos mais conhecidos é o Soho (comida asiática), mas também igualmente bem avaliados estão o DAS (comida mediterrânea), Café do Forte (contemporânea) e o Lafayette (comida mediterrânea). Quando chegamos lá já vimos que não teria erro, pois todos eles são muito bons. Escolhemos o Lafayette, que além de um cardápio excelente tinha, em nossa opinião, o melhor ambiente, com arquitetura arrojada e ótima vista.

O Lu pediu um risoto de polvo que deixou saudades. Ele lembrava todos os dias e falou que foi a melhor refeição da viagem. Eu pedi um nhoque com lagosta, que estava espetacular também. Além da comida sensacional, o grande diferencial foi a mesa no deck na beira do mar e embaixo de uma árvore gigante. O espaço foi muito bem projetado e iluminado, uma sorte ter conseguido aquela mesa.

No dia seguinte partimos para Morro de São Paulo. Restariam apenas umas 5 horas no dia de nosso retorno para curtir a capital baiana.

De volta em Salvador fomos até a nossa parceria, a Tours Bahia, agência especialista em City Tours na cidade. Nós chegamos era umas 11h30 da manhã e nosso embarque era às 18h45, então tínhamos poucas horas pra curtir a cidade.

Começamos deixando nossa malas na própria agência e indo de Uber até o Farol da Barra. No caminho já combinamos do Uber nos esperar para fazermos umas fotos e logo já voltar. Assim não perderíamos tempo chamando outro motorista.

 

Farol da Barra (Farol de Santo Antônio)

O Farol e Forte de Santo Antônio foi construído em 1698. Ele é um marco, pois é considerado um dos faróis mais antigos das Américas. Desde 2011, ele está aberto para visitas.

Os visitantes podem subir as escadarias da torre, de 22 metros de altura e conhecer toda a estrutura. Ao subir a escada em espiral, é possível ter uma visão de 360° da Baía de Todos os Santos.

O Farol que servia como forte de proteção para ataques invasores e para auxiliar as embarcações que chegavam funciona até hoje. Mesmo com a evolução, os barcos ainda dependem da iluminação dele.

Nós não tivemos tempo de conhecer por dentro, uma pena. Mas recomendamos fortemente a visita, pelas fotos que vimos a vista é animal!

 

Museu Náutico da Bahia

Além do Farol, o Forte de Santo Antônio também abriga o Museu Náutico da Bahia.   Um museu que reúne um valioso acervo de achados arqueológicos, submarinos, coleções de instrumentos de navegação e sinalização náutica.

O museu possui maquetes, miniaturas de embarcações e uma mostra permanente relativa à geografia, história, antropologia e cultura da Baía de Todos os Santos. Conta também um pouco da história militar e administrativa da cidade de Salvador, que foi a primeira capital do país e sua mais importante cidade durante mais de 3 séculos.
As visitas à torre do Farol e ao Museu Náutico acontecem de terça a domingo, das 9h às 18h.
A entrada custa R$ 15 (inteira). Estudantes, professores e idosos pagam R$ 7,50. A visita é grátis para menores de 7 anos e deficientes físicos.

 

Depois da reestruturação do bairro da Barra, há alguns anos atrás, esse ponto turístico ganhou um super calçadão, com bancos para apreciar a paisagem. Pena que não tivemos muito tempo pra apreciar aquele mar em tons de azul e verde, o Farol e também o Ed. Oceânia, um dos mais significativos representantes do estilo “art deco” de Salvador.

Passamos rapidinho pra fazer umas fotos, conhecer a parte de fora e tivemos que ir embora. Vamos ter que voltar pra conhecer o Museu e subir até o topo do farol.

 

Centro Histórico de Salvador 

Do Farol, voltamos para a Tours Bahia para começar o passeio pelo Centro Histórico. Essa agência oferece vários tipos de city tours, com duração mínima de 3h. Mas como nosso tempo era curto, adaptamos o roteiro fazendo um Walk Tour de 1h30, na companhia do guia Bira.

Confira aqui os passeios oferecidos pela Tours Bahia. Procure a Taisse pra te orientar sobre o roteiro mais adequado pra você. Ela é expert em Salvador e super atenciosa.

Dica: O aeroporto não fica perto do centro, então programe-se pra sair 1h30 antes do embarque (2h30 antes do voo), pois ainda é preciso contar com o tempo gasto no trânsito até lá.

 

Pelourinho

Começamos pelo Pelourinho ou Pelô como também é conhecido. É um dos bairros mais famosos de Salvador, considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1985.

O que muita gente não sabe é de onde vem e o que significa “pelourinho”. Esse era o nome de um instrumento de punição legal utilizado pelos portugueses em todas as cidades do Brasil. Era um poste de madeira ou de pedra, com argolas de ferro, erguido em praça pública, onde os infratores da lei eram amarrados e chicoteados.

Ao caminhar pelas ruas você já fica encantado com o colorido dos casarões históricos, que têm bares, restaurantes, lojinhas e residências nessas construções. São inúmeras as igrejas por lá, pra onde você olha tem uma. Ou melhor, são 366 igrejas segundo nosso guia, o Bira! Uma para cada dia do ano, contando o ano bissexto. Já pensou? É muita coisa hein?!

O Largo do Pelourinho é o ponto mais icônico desse conjunto arquitetônico. Nesse local uma igreja azulzinha chama a atenção, é a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, onde o pessoal coloca as famosas fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim e faz um pedido. Mas curiosamente não tinham fitinhas no portão aquele dia.

É aqui que a Banda Oludum faz seus ensaios. E também onde Michael Jackson gravou o famoso clique da música “They Don’t Care About Us”, em 1996. Na sacada, tem um banner e uma reprodução dele em tamanho real.

O prédio azul é a Fundação Casa de Jorge Amado. Uma ONG que visa preservar a memória de Jorge Amado e de Zélia Gattai (sua esposa) e incentivar a literatura. A fundação tem museu, exposições permanentes de obras, fotos e objetos que pertenceu ao escritor.

 

Igreja e Convento de São Francisco

Erguidos entre 1805 e 1808, a igreja e o convento foram construídos com recursos do rei de Portugal e esmola de fiéis.  É uma igreja dedicada a São Francisco de Assis e referência da arquitetura barroca no Brasil.

Na foto do lado esquerdo, é a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. Como se fosse uma igreja menor anexa à igreja principal. Observe a riqueza da fachada em alto relevo, linda né? Entramos pra visitar a igreja principal que aparece lá no fundinho da foto à direta. A entrada é R$ 6,00 por pessoa, e costuma estar inclusa nos passeios da Tours Bahia.

É impressionante o trabalho artesanal feito nesse lugar. Entramos pra conhecer e você não sabe nem pra onde olhar, com tantos detalhes incríveis. Tem estátuas, anjos, pinturas e muito ouro do chão ao teto. Estima-se que tenha pelo menos 1 tonelada de ouro na igreja, e a gente acredita, porque é um dourado sem fim.

Os azulejos portugueses tem destaque nessa igreja. São pinturas em quase 5 mil azulejos mostrando a vida de São Francisco. Também tem painéis que retratam personagens da mitologia greco-romana e o Bira sabia contar a história de cada um deles! Pra quem ama história, uma visita guiada aqui é um prato cheio.

O Monumento à Cruz Caída e às Baianas

Esse monumento marca o local onde foi construída a primeira igreja no Brasil em 1553.  A antiga Igreja da Sé teve que ser demolida em 1933 para dar lugar aos trilhos do bonde que na época passavam por ali.

Para comemorar os 450 anos de Salvador (em 1999), foi inaugurada essa cruz, uma obra do artista plástico baiano Mário Cravo. Aqui também fica o monumento às baianas e todas aquelas fitinhas coloridas do Senhor do Bonfim.

 

Praça Tomé de Souza

Nessa praça estão o Elevador Lacerda, a Prefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores e o Palácio Rio Branco, além do famoso letreiro com o nome de Salvador. Segundo nosso o Bira de tempos em temos são trocadas as cores e pinturas do letreiro, então cada vez que você visita pode ver um desenho diferente.

O Elevador liga a Cidade Alta a Cidade Baixa em Salvador, ou seja, o Pelourinho ao Mercado Modelo. A viagem de elevador dura em média 30 segundos ao custo de apenas R$ 0,15! Nós não tivemos tempo de descer, mas super indicamos utilizar o elevador e dar uma passadinha no Mercado Modelo lá em baixo.

Já era hora de voltar e não poderíamos sair de lá sem um acarajé! Aceleramos o passo para dar tempo de passar na barraca da Mari, uma baiana muito gente boa que já apareceu até na Ana Maria Braga. Ela fica na Praça da Sé (do lado da Praça Tomé de Souza). Pedimos um acarajé sem pimenta, chamamos a Mari pra uma foto e partiu!

Depois disso pegamos nossas malas e fomos de Uber até o aeroporto. Nessa hora bateu o cansaço daquele dia corrido ao sol e aquele gostinho de quero mais sabe? Mas esse gostinho era na verdade amargo. Fiquei muito abalada de não ter aproveitado como eu gostaria, de não ter batido um papo com mais tempo com nosso guia Bira, que foi tão atencioso. Prefiro acreditar que tudo isso tem um porquê, não é? Quem sabe Salvador nos aguarda e voltamos loguinho com mais tempo.

 

Salvador é perigosa? E os vendedores de rua?

Muita gente nos questiona sobre Salvador: Se é perigosa, se pode ir sem guia etc. A gente se sentiu um pouco acanhado com o excesso de intimidade dos vendedores de rua. Eles se aproximam e já colocam fitinha no seu braço e chapéu na cabeça, ficam insistindo na venda.  No final é só dizer que não quer (educadamente) e sair de perto que eles entendem.

A dica que o Bira (nosso guia) deu foi a seguinte: Não circule fora da região turística, como por exemplo, algumas ruas à direita do Largo do Cruzeiro, onde fica a Igreja e Convento de São Francisco. Elas  podem ser perigosas e não devem ser exploradas. Procure ficar nas ruas maiores e mais movimentadas que não tem erro. Se você quiser se sentir mais seguro ainda, contrate um guia. Percebemos que quando estávamos circulando com o Bira o assédio era menor, e alguns até já eram conhecidos dele.

E aí gostaram  do nosso roteiro de 1 dia em Salvador? Comenta aqui em baixo.

 

Quer mais dicas de lugares na Bahia? Nessa mesma viagem passamos por Morro de São Paulo, confira como foi nossa experiência por lá, clicando aqui!

 

 

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Com carinho,

Grasi e Lu

 

 

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