Postado na categoria História e Cultura em 3 de novembro de 2015 por Grasi e Luciano

O que fazer em Pirenópolis? Fazenda Babilônia!

A histórica Fazenda Babilônia em Pirenópolis – Goiás

Como a gente mora longe da família e de vários amigos, de vez em quando recebemos visitas em Goiânia. Um dos tiros mais certeiros é levá-los pra conhecer Pirenópolis, uma cidadezinha histórica de Goiás. A cidade por si só vale um post exclusivo, mas como não dá pra incluir tudo num post, vamos começar pela Fazenda Babilônia, que é um dos atrativos mais bacanas de lá. É um destino estratégico, pois além de ser um lugar top, é possível fazer uma refeição deliciosa ali, o Café Sertanejo.

Logo na entrada da  fazenda eles já perguntam se você  gostaria de  realizar somente o passeio guiado, ou se você quer fazer o  passeio com o café, assim eles já podem organizar a mesa dos quitutes enquanto os visitantes passeiam.

A cidade e a fazenda já foram cenário da novela Araguaia (2010) da Rede Globo. Logo na entrada do casarão podemos ver diversas fotos dos artistas que passaram por lá.

O Passeio Guiado

O passeio dura aproximadamente 30 minutos, na companhia de um guia. São jovens da região que conhecem cada detalhe da história e acompanham as pessoas, percorrendo o casarão da fazenda e áreas do entorno. Recheada de objetos, pinturas, móveis, ferramentas e ambientes da época, é possível compreender um pouco melhor como era a vida naquela época.

Essa fazenda, datada de 1800, foi uma das maiores do interior do Brasil nesse período. Ela possui vários indicadores de representatividade, como o número de escravos (mais de 200). O guia contou que era muito caro ter escravos nessa região, pois era de difícil o acesso. Os escravos eram comprados em Salvador e vinham caminhando até Goiás, sendo que vários ficavam doentes ou se acidentavam, morrendo no caminho.

Na visita você entende alguns ditados populares, como o “feito nas coxas”, que se originou das telhas que eram modeladas com argila nas coxas dos escravos, não tendo um formato padrão. Diferente do que muitas vezes pensamos, feito nas coxas não quer dizer “mal feito”, mas sim sem uma padronização. Na fazenda funcionou um grande engenho, mas além de cana de açúcar, ela produziu outras coisas como fumo e principalmente algodão que era totalmente exportado para a Inglaterra (que na época fervia com a revolução industrial).

 

O Café Sertanejo

O final da visita é coroado com o Café Sertanejo, com mais de 40 itens produzidos com ingredientes da própria fazenda. Dá vontade de ficar por lá, é muita comida e é tudo muito bom. Algumas das receitas tiveram origem no tempo dos escravos, como o Bolo de Senzala, que é um bolo de fubá de canjica assado na folha de bananeira. Outros pratos que adoramos são a Pamonha Frita, Pau-a-pique (mandioca, queijo, coco e outros assado na folha de bananeira), Carne de Porco, Pão Caseiro, Requeijão Artesanal, Trouxinha da Sinhá (coalhada, fubá e abóbora), além de vários doces.

Tudo isso servido em uma mesa gigante em frente ao fogão a lenha, na companhia de outros visitantes e dos papagaios que fazem parte do cenário. Perfeito pra comilança!

A fazenda

O lugar é muito sossegado. Depois do almoço a gente deu  uma volta pelo casarão pra tirar mais fotos, e até deitamos nos bancos e cadeiras que tem por lá. Como eu (Luciano) tinha comido demais, foi inevitável uma soneca para continuar o passeio depois, hehe. Além de toda a história do lugar e desse café sem igual, na fazenda podemos apreciar  alguns bichinhos como pavões, araras, papagaios, cachorros, cavalos, galinhas, bois e porcos. Tudo pra manter esse clima gostoso de fazenda…

Se você tem viagem marcada para Goiás ou Brasília, vale a pena passar pra conhecer Pirenópolis. Pode ser um final de semana ou até “bate e volta”, mas não esquecendo de incluir a Fazenda Babilônia na programação. Vale a pena!

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Com carinho,

Grasi 

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