Postado na categoria História e Cultura em 27 de junho de 2016 por Grasi e Luciano

Ilha de Alcatraz, São Francisco: Como é a ilha, a prisão e como visitar

  • Passeio
  • São Francisco
  • Todos
  • 41 dólares/pessoa

Ilha de Alcatraz, um mergulho na história desse lugar que é muito mais do que uma antiga prisão!

Localizada no meio da baía de São Francisco, a menos de 2.500 metros da costa, a Ilha de  Alcatraz ficou famosa pelo prisão de segurança máxima que lá durante por 29 anos. Por muito tempo o local foi a residência de criminosos ilustres como Al Capone. Fechada em 1963, a ilha hoje abriga um parque nacional e é uma concorrida atração turística.

 

Como visitar

A Ilha de Alcatraz em São Francisco, assim como a Golden Gate Bridge, é aquele tipo de lugar que você não pode deixar de ir. É como ir ao Rio e não visitar o Cristo Redentor ou o Pão de Açúcar.

Tem gente (tipo a Grasi), que reluta um pouco. Dizem: “Ah, o clima é pesado, uma antiga prisão…”. Até dá pra entender, mas de fato o que não dá é pra perder esse passeio. Melhor ainda pra alguém como eu (Luciano), que assistiu umas 15 vezes o filme “A Rocha” com o Sean Connery, Nicholas Cage e Ed Harris, que foi filmado lá.

Após alguma negociação na elaboração do roteiro, compramos o ingresso ainda no Brasil pela internet. Custou US$ 41,00  por pessoa pela Alcatraz Cruises. O esquema lá é agendado e o barco sai no horário no Pier 33. Compramos para as 14h10,  pra poder dedicar a tarde a esse passeio e antes disso passear pelos piers e almoçar no Fisherman’s Wharf que fica ali pertinho.

Entramos no barco, que deve caber umas 200 pessoas, e em uns 15 minutos já estávamos lá. Tinha um vento muito louco que dificultava as fotos da ilha pela área externa do barco. O barco é bem legal, tem mesas, cadeiras, sofazinho e lanchonete. É o ultimo lugar pra comer algo, pois em Alcatraz só pode levar água.

Chegando em Alcatraz!

Ao chegar lá, a turma toda do barco se reúne para orientações dadas por um militar do National Park Services (a instituição que toma conta do lugar). Ali ele já explica um pouco do que vamos ver. Falou que ilha ficou famosa pela prisão, mas que tem muito mais história nesse local.

Nos contou que a ilha já serviu de base militar, que foi prisão do exército americano e também que a ilha já  havia sido invadida por tribos indígenas. Vimos que tinha umas pichações lá que não tínhamos entendido, e ele explicou que elas foram feitas por esses índios, que invadiram a ilha no final da década de 1960. Eles eram tipo o MST que observam um lugar sem ninguém e dizem “agora é meu!”. Brincadeira, esses índios devem ser bem mais coerentes.

Então, depois de ouvir  o tiozinho falando fomos liberados pra dar um rolezinho pela ilha. Pô, e o lugar é bonito! Tem um paisagismo bacana, cheio de plantas, flores e  muitos pássaros. Teve até uma gaivota que fez amizade com a gente e mostrou o filhotinho dela que estava no ninho em uma ruína.

Fomos pra uma área onde montaram uma exposição com fotos profissionais e atuais de presos que permaneceram algum tempo em Alcatraz. Eles montaram banners gigantes e ficou muito legal. Cara, impressionante as fotos dos tiozinhos que estão presos desde aquela época. Umas “senhoras e senhores” com mais de 70 anos com cara de bonzinhos, presos por homicídio, assalto a bancos, etc. Se o cara passou pela prisão de Alcatraz é porque  foi casca grossa, como os famosos Al Capone e o Robert Stroud (Birdman).

Áudio guiado (em português)

A próxima parada foi na sala onde retiramos o equipamento de áudio para o tour guiado. Assim como em diversos pontos turísticos famosos, é possível escolher o idioma e aqui tem em português do Brasil.

No áudio, você pode sentir um pouco de como eram os dias por lá, eles contam sobre como eram as celas, as visitas (extremamente restritas), como era o banho, as atividades que faziam (leitura, rádio e até crochê), como era a cozinha e os jantares.

Também contam como foram as tentativas de fugas e o resultado frustrado delas. As histórias são contadas com riqueza de detalhes e há fotos dos presos nos corredores, assim você consegue associar quem é quem no áudio. É muito realista e muito bem feito esse roteiro áudio guiado.

Em alguns momentos  os próprios presos explicam como era e você consegue olhar, e até entrar nas celas em que eles estiveram (no áudio fala assim, “vá para a cela número x, no corredor y”, então é possível saber exatamente em qual das celas aconteceu o que está sendo contado no áudio). Uma das histórias que eles relatam era que a prisão ali pertinho da cidade de São Francisco, mostrava pra eles o quanto a liberdade era boa, mas que estava distante. Um deles falou que as vésperas de ano novo eram marcantes, pois haviam festas no píer e com o silêncio que havia na prisão era possível ouvir as gargalhadas das pessoas comemorando a virada do ano.

Que visual! (e que vento!)

Fomos andando entre a sala de controle e sala do diretor da prisão. Lá havia um acesso à uma área externa que tinha uma vista excelente de São Francisco e da Golden Gate Bridge. E dá-lhe vento! Caramba, atrapalhava demais pra bater as fotos, a máquina chegava a balançar, mas olha o visual!

Dali continuamos a caminhada e assim que acabou o tour devolvemos o equipamento de áudio. Depois disso saímos numa loja cheia de souvenirs, livros e presentes de Alcatraz, fizemos mais umas fotos da área externa e partimos em direção ao píer pra pegar o barco de volta para São Francisco.

Alcatraz merece  uma visita, então reserve pelo menos 4 horas do seu roteiro por São Francisco para ir até lá. E agora eu vou assistir “A Rocha” novamente pra ver por onde passamos…hehe.

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Com carinho,

Grasi e Lu

 

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